Alguns leitores mais "experientes" talvez se lembrem das bandas de post-punk dos anos 80, uma das mais famosas é, obviamente, o Nirvana. Mas não muito distante há também uma certa banda não muito conhecida atualmente mas que era um dos principais grupos que erguiam a bandeira do post-punk até meados dos anos 90: o Killing Joke.


"Ok, mas o título do post diz 'Headbanger Café', o que post-punk tem a ver com headbangers?". Como diria Jack, o Estripador: vamos por partes.

Em 1996 a banda se separa, e desde então até o ano 2002, o vocalista e líder da banda, Jaz Coleman, continua seus estudos de música (algo que fazia desde os anos 80), compondo a trilha sonora do filme Mulan, da Disney, e álbuns de arranjos para orquestra de bandas como Pink Floyd e Led Zeppelin (mas isto é história para outra hora).

Em meados de 2002, o Killing Joke resolve se reunir, com Jaz Coleman nos vocais, Geordie Walker nas guitarras, Paul Raven e Youth dividindo o baixo (com Paul Raven tocando nos shows) e Dave Grohl (que, após acusações de que o Nirvana plagiou o riff da música Eighties, do KJ, fez de tudo para tocar no novo álbum como pedido de desculpas) na bateria.

O novo álbum, intitulado apenas de "Killing Joke" foi lançado em 2003 e trazia um novo som, incorporando toques de Heavy Metal, Hard Rock, Metal Industrial e Punk Rock para criar um som único, pesado, com toques eletrônicos e muita crítica sócio-política. Os vocais relativamente limpos (apesar de rouos) dão espaço a uma voz mais grave, com berros ocasionais e beirando o gutural em diversas ocasiões, a bateria é bastante acelerada e variada e as guitarras estão cheias de distorção, definitivamente um som que acompanha perfeitamente as críticas pesadas à sociedade que estão presentes nas suas letras.

O álbum é considerado um sucesso crítico e fez a banda voltar à ativa com um som 100% único, tornando-se um grande sucesso no Reino Unido, sua terra natal, e o resto é história.