Pegue sua bebida no balcão, puxe uma cadeira e junte-se ao Headbanger Café: a cada nova edição, uma história nova sobre as bandas que fazem, fizeram ou mereciam fazer sucesso no mundo do heavy metal.

Sam Dunn: O Antropólogo do Metal

 Desta vez, o Headbanger Café não tratará de uma banda, de um projeto musical ou de um músico (bom... mais ou menos), mas sim do homem que, dependendo do seu ponto de vista, pode ser o responsável pelo heavy metal alcançar maior popularidade no século XXI, o antropólogo Sam Dunn.

Nascido em 1974, Sam Dunn se formou em antropologia no Canadá e, mais tarde, junto com Scot McFadyen, forma a Banger Films, Inc., uma companhia especializada em filmes e documentários sobre heavy metal. Ah, e eu menti um pouco quando disse que esta edição não seria sobre um músico: Dunn também toca baixo, mas, infelizmente, não o faz em nenhuma banda famosa.

Dunn tocando em sua antiga banda: Burn to Black

Voltando ao que interessa, em 2005, a Banger Films lançaria seu primeiro filme, um documentário sobre toda a cultura do heavy metal intitulado Metal: A Headbanger's Journey. O filme se torna um sucesso de crítica, sendo elogiado (e, obviamente, assistido) pela comunidade do metal. No filme, Sam Dunn vai em uma viagem ao redor do mundo, conhecendo um pouco mais sobre os principais estilos do heavy metal, tentando descobrir porque este estilo é considerado como estrangeiro no mundo, sofrendo tantas acusações, comentando sobre os temas abordados nas músicas de metal.

Sam Dunn na Noruega para o filme Metal: A Headbanger's Journey

Mais tarde, Dunn viria a produzir e dirigir (além de aparecer em frente às câmeras) o filme Global Metal, que mostra o impacto do heavy metal em culturas não comumente associadas ao estilo, e na série Metal Evolution, que lida com a evolução do metal e de seus diversos sub-gêneros. Além disso, sua empresa seria contratada pelas bandas Rush (prog rock/prog metal) e Iron Maiden (heavy metal/new wave of british heavy metal) para gravar e produzir DVDs de shows seus. Todo esse sucesso faria com que Sam Dunn se tornasse uma das poucas pessoas no mundo do heavy metal famosas por algo diferente de tocar em uma banda.