O surgimento do Romance Policial

Posted: quinta-feira, 21 de junho de 2012 by Lethierry in Marcadores: ,
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Edgar Alan Poe nos apresenta, através do seu detetive August C. Dupin, no século XIX, o romance de enigma. Poe percebe que há na população um interesse mórbido pela desgraça alheia. O momento é totalmente propício, pois as cidades estão se industrializando, as ruas são pequenas e escuras, a criação de uma polícia composta por ex-criminosos que solucionam o crimes baseados em suas próprias experiências delituosas. Nessa mesma época, os jornais de grande tiragem foram criados, e neles haviam seções destinadas a crimes raros e aparentemente inexplicáveis. Esse mistério atrelado ao sentimento de injustiça, gerou o interesse da população nesse tipo de narrativa.

Os primeiros detetives eram investigadores independentes, não pertenciam à polícia. Com a criação do Positivismo, o criminoso passou a ser visto como inimigo social, transgressor das leis do estado. Dupin, de Assassinatos na rua Morgue, se opõe aos policiais ex-condenados e é um investigador por hobby, um colecionador de enigmas. Por ser um detetive característico do romance de enigma, sua situação social, seus amigos, o meio em que vive, fazem dele uma pessoa quase imune a qualquer perigo dentro da narrativa. São criaturas de nível intelectual elevadíssimo, pois enfrentarão inimigos tão geniais como si próprio, e está em suas mãos lutar para desvendar  o crime, encontrar o criminoso e puni-lo. Há também, característicos do romance de enigma, Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle, Poirot e Miss Jane, de Agatha Christie.
Na França de 1945, Dashiell Hammet inicia a chamada série negra, ou noire, onde o protagonista, Sam Spade, é um detetive profissional. O otimismo na obra é deixado de lado e dá lugar a policiais mais corruptos que os criminosos, detetives que nem sempre resolvem o mistério, sendo que, às vezes, nem há mistérios, às vezes, nem há detetive. É uma inovação do romance de enigma clássico, já que o mundo também está mudando, refletindo a Segunda Guerra e o crack da Bolsa de 29. É permitida a imoralidade, as ações violentas e brutais, gírias e palavrões, paixões bestiais e ódios ardentes. O detetive é um sujeito áspero, deselegante, rude e vulgar, que sobrevive as custas de seu trabalho de investigação.
Atualmente, existe sim uma mescla de ambos estilos, aplicados não só a literatura adulta, mas também ocupando importante lugar na literatura infanto-juvenil, como é o caso do nosso Pedro Bandeira e seus “karas”.

2 comentários:

  1. Lethierry says:

    Nuss!!! O.O
    Acho q ninguém gostou. =/

  1. Eddy says:

    Eu acho que ninguém acessou mais, tanto que parei de postar (como os outros fizeram...) =/

    Se a gente tivesse um design melhor (sem grana pra bancar, I know) e uma maneira de fazer uma publicidade melhor (sem grana também, I know) a gente podia se dar bem...